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Um filme para fechar o mês de agosto
26-08-2013
Este filme é triste, não é?, questiona a espectadora ao término da sessão na fila do banheiro. Respondi: este filme não é triste, é muiiiito triste. Assistir a "Camille Claudel-1915" em uma tarde de segunda-feira de tempo lusco-fusco aqui no Rio não foi tarefa fácil. A interpretação de Juliette Binoche no papel da escultora Camille Claudel é magistral, sensacional, bestial. E por que o filme é triste, Vasco? Porque Camille passou os últimos anos de sua vida em um hospício, levada pela própria família. Por últimos anos, entenda-se um período longo que durou três décadas. Rejeitada por Auguste Rodin, de quem foi aluna, Camille enlouquece, sim, mas não a ponto de ser internada em um manicômio. Ah, as dores do amor. Infelizmente, sempre estiveram na moda.