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Edição 118
Com o enredo “Soy loco por ti América: a Vila canta a latinidade”, a escola carioca Unidos de Vila Isabel sagrou-se campeã do Carnaval 2006. Nesta edição da coluna você confere os bastidores da festa, os personagens, o que e quem a TV não mostrou.
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Soy loca por ti... número um – Normalmente, as mulheres são exaltadas no Carnaval. E os homens, onde ficam nesta época do ano? No Sambódromo também, é a resposta. Cláudio Brito, locutor da Rádio Gaúcha, bate ponto na Sapucaí, todo ano monta sua parafernália para transmitir para o sul do Brasil as emoções do Carnaval carioca. Tanto esforço foi recompensado: na hora do credenciamento, Cláudio ganhou o colete de imprensa de número um.
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Fotos: Marcelo O'Reilly |
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Soy loca por ti... aguadeiro – Outra figura do Carnaval que merece destaque na coluna é a do aguadeiro.(A função estava especificada dessa forma em sua credencial de serviço). Elias Lima servia água a quem sentisse sede. Circulava pela chamada área de convivência, uma espécie de praça de alimentação, e ainda pela sala de imprensa. Matava não apenas a sede, mas também nos alegrava com seu sorriso lá pelas altas horas da madrugada.
(Gentem, trabalhar no Carnaval não é moleza, não, são cerca de 14 horas de trabalho por dia. Chegávamos ao Sambódromo às 18h para irmos embora às 8h da manhã do dia seguinte). Te mete! |
Soy loca por ti... mestre João – Confesso que sempre fui fã de Joãosinho Trinta. Durante o trabalho na Sapucaí, tive meu momento “soy loca por ti”, passei ao lado do mestre, fiz reverência e gritei: Mestre Joãosinho! Apesar da dificuldade motora, o carnavalesco deu show de simpatia, foi aclamado pelo público e ainda pode ser considerado personalidade do Carnaval carioca.
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Soy loca por ti... pizza no café-da-manhã – Nos dias em que passamos no Sambódromo trabalhando, trocamos a noite pelo dia, literalmente, é comum tomarmos café da manhã à base de pizza e hamburger, pois em nosso organismo é como se estivéssemos jantando, ou melhor, nem sei exatamente que refeição estávamos fazendo lá pelas 6h, 7 horas da manhã. Bom é saber que o Sambódromo carioca se modernizou e que, de uns anos para cá, conta com uma autêntica praça de alimentação para saciar a fome dos foliões.
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Soy loca por ti....Nossa Língua Portuguesa – No quesito mulher bonita, o Carnaval do Rio realmente abala Bangu, aliás, não apenas Bangu, mas o mundo inteiro. Não faltam musas, rainhas, princesas. Defendendo o título com muita garra, Adriana Perett, rainha de bateria da escola campeã, a Vila Isabel, deu show de simpatia, mas escorregou no Português. Na hora de contar suas peripécias pela passarela da Sapucaí, comentou que a fantasia, colada no corpo, estava caindo no final do desfile e ainda que não foi difícil tirá-la, apesar de estar colada com Super Bondi. Adriana quis dizer Super Bonder, a cola poderosa. Noto que muitas pessoas trocam a terminação “er” por “i”. Há quem diga repórti, em vez de repórter.
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Adriana Perett em seu momento Super Bonder pouco antes de reinar na Passarela do Samba
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Soy loca por ti.... Nossa Língua Portuguesa 2 – De Belém, do Pará, a jornalista Eva Maués comenta a última edição da coluna em que uma nova grafia da palavra saudade foi retratada. No site de relacionamentos, o ORKUT, é comum as pessoas escreverem saldade, isso mesmo, com “l” em vez de “u”. Disse Eva por e-mail: “Realmente, entre ter um namorado que escreve que sente "saldade" de mim, é melhor ficar só! E o que dizer de alguém que escreve "concerteza", ou ainda "estou cançado"?!!! Ou ainda "fasso"???? Ai, meu Deus, é realmente DE ÚLTIMA!!!!! “
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Soy loca por ti... Philip – Depois do skindô, skindô, praticamente emendamos com o Oscar. Os homens citados acima que me perdoem, mas o tudodebom desta edição é Philip Seymour Hoffman, que interpreta o escritor Truman Capote no filme homônimo. Conforme disse leitora da coluna, de Brasília, o filme é a interpretação de Philip e basta. Já manifestei em edições anteriores o quanto gostei do filme O Segredo de Brokeback Mountain, mas em termos de interpretação, Philip ganha disparado dos caubóis da montanha. E não foi à toa que faturou o Oscar 2006 de melhor ator.
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Para finalizar, agradeço a todos que ofereceram cafés, cappuccinos, biscoitos, sanduíches, etc, à mim e à toda a equipe da coluna no Sambódromo carioca. A solidariedade carnavalesca não tem preço. Depois de noites mal dormidas, tensão e muita emoção também, um copo de café pode ser o melhor enredo de uma escola de samba, ou melhor, de uma reportagem jornalística. Na próxima edição, quem fez moda no tapete vermelho. As novidades, as musas do Oscar 2006. Terça-feira é o dia de nosso encontro marcado. Tchau e até lá!
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Agradecimentos especiais: Marcelo O´Reilly (coordenador do site Academia do Samba- www.academiadosamba.com.br)
Colaboração:
Maria Contreras e Paula Leite (de Brasília)
Virgil Christine (da França)